Vereador pede inclusão das igrejas como serviço essencial
Igrejas só podem funcionar com 30% da capacidade
Por: Redação Muvuca Popular
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O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) protocolou um Projeto de Lei na Câmara de Vereadores de Cuiabá para que durante o período de pandemia da Covid-19, as igrejas e templos de qualquer denominação religiosa no município, sejam incluídos como atividades essenciais.
"As igrejas e templos realizam trabalhos de voluntariado na comunidade dando amparo a pessoas normalmente de baixa renda, incluindo aí população carcerária e indivíduos em situação de vulnerabilidade", afirmou.
Contudo, ao fazer o pedido, o parlamentar se esquece que nas igrejas muitas vezes ocorre aglomerações e todos os dias morrem pastores no estado em decorrência da doença.
Os templos são geralmente ambientes fechados, o que exige atenção maior às orientações sanitárias para minimizar os riscos de transmissão.
O pastor da Assembleia de Deus, Sebastião Rodrigues de Souza, de 89 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (8) internado com coronavírus, em Cuiabá. Ele morreu cinco dias depois do filho dele, também pastor da mesma igreja, Rubens Siro de Souza, de 68 anos.
O pastor evangélico Adão Crissanto de Lima, de 60 anos, morreu na noite de segunda-feira (1º) enquanto estava internado com coronavírus (Covid-19) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá. Ele tinha comorbidades e fazia parte do grupo de risco. O pastor era conhecido por atuar na igreja Videira, no bairro Pedra 90, na capital. A morte causou comoção das redes sociais.
Conforme o decreto assinado pelo governador Mauro Mendes (DEM) são permitidas, no máximo, 50 pessoas por encontro, respeitando sempre a ocupação de apenas 30% da capacidade do local.
Porém, na justificativa para mudança, o parlamentar afirma que, os trabalhos prestados pelas igrejas e templos nos quesitos de serviço social, cunho espiritual, além do amparo psicológico e físico são primordiais para a sociedade.
"Além da evangelização, as denominações religiosas mobilizam-se para auxílio de pessoas atingidas pela crise econômica ora em curso em função da pandemia da Covid 19”, finalizou.